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Comércio Eletrônico

Comércio Eletrônico

Comércio eletrônico cresce 21% no Brasil em um ano

 

O comércio eletrônico no Brasil registrou um total de 10,2 bilhões de reais em vendas nos primeiros seis meses de 2012, de acordo com números divulgados, realizado pela e-bit com apoio da Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico.

O número representa um crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado.

No período, 5,6 milhões compraram pela primeira vez utilizando a web. No total, 37,6 milhões de brasileiros já recorrem à internet na hora de adquirir algum bem ou serviço.

Segundo o relatório, foram realizadas cerca de 29,6 milhões de encomendas nas lojas virtuais nacionais, com um valor médio de R$ 346. No primeiro semestre de 2011, haviam sido registrados 25 milhões de pedidos.

A categoria de Moda e Acessórios, que vem ganhando espaço rapidamente nos últimos dois anos, alcançou a 3ª posição no ranking das cinco categorias mais vendidas, com 11% do volume total de pedidos.

O ranking dos segmentos ficou da seguinte forma: Eletrodomésticos (13%); Saúde, Beleza e Medicamentos (13%); Moda e Acessórios (11%), Livros, Assinaturas de Revistas e Jornais (10%); e Informática (9%).

Para o segundo semestre, a expectativa é registrar um crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. No total, o comércio eletrônico brasileiro deve fechar 2012 com receita de 22,5 bilhões de reais.

 

Após o “boom” do modelo há pouco mais de dois anos, o segmento agora passa por um período de maturação.

Segundo levantamento feito pelo site agregador de compras coletivas SaveMe com a e-bit, o segmento de compras coletivas faturou 731 milhões de reais nos primeiros seis meses – crescimento de 2% em relação ao mesmo período do ano passado.

No total, 12 milhões de cupons foram vendidos a um ticket médio de 60 reais. Somados, foram 83.233 ofertas, que geraram uma economia de R$ 1,4 bilhão aos brasileiros.

Segundo o relatório, o setor deve fechar 2012 com um crescimento entre 5 e 10% em relação a 2011.

Mobile Commerce

No mesmo período, do total de compras feitas online, 1,3% foram feitas por meio de dispositivos móveis.  Em 2011, esse índice foi de 0,3%.

Segundo a pesquisa, 53% dos consumidores que utilizam smartphones e tablets para fazer compras online são mulheres. No mercado geral a divisão é igualitária (50% de homens contra 50% de mulheres).






Sites pequenos despontam no e-commerce brasileiro



Driblando o atual cenário econômico que pesa sobre o varejo tradicional, o ainda jovem mercado brasileiro de comércio eletrônico tem a seu favor um vasto espaço ainda não preenchido, com perspectiva de mais que dobrar de tamanho até 2020, tendo empresas especializadas e de menor porte como protagonistas.

Pouco mais de uma década após despontar, o varejo online no país vem ganhando impulso, apoiado na combinação de aumento de renda da população e maior número de consumidores com acesso à Internet, que demandam maior oferta de produtos e serviços.

"O comércio eletrônico vem crescendo de forma superior ao varejo tradicional e, com a perspectiva de continuar aumentando em cerca de 30 por cento ao ano, é possível dobrar essa participação".

Atualmente, o comércio eletrônico brasileiro é formado por cerca de 40 milhões de consumidores, número que vem avançando, entre outros fatores, pelo Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) -que oferece conexão à Internet de alta velocidade a preços populares.

De acordo com a empresa de pesquisas ExactTarget, 42 por cento dos consumidores brasileiros têm acesso à rede, contra 83 por cento nos EUA e 82 por cento no Reino Unido.

Na visão dos profissionais que acompanham o setor, entretanto, o segmento ainda não se desenvolveu de forma mais acelerada por entraves ligados principalmente a infraestrutura e logística, que prejudicam prazos de entrega.

"É cada vez mais difícil entregar com prazos razoáveis".

Diante da necessidade de oferecer um mix de parcelamento de compras, frete grátis e ainda entregar as mercadorias no prazo, muitas dessas empresas tiveram suas operações pressionadas, abrindo espaço para a entrada de rivais menores no segmento.

A maior frustração do mercado tem sido a líder B2W, dona dos sites Submarino, Americanas.com e Shoptime. Após ter sido alvo de processos por atrasos em entregas, a empresa alongou prazos, ainda que sob o risco de perder vendas.

"Ainda não esperamos grandes melhorias na operação da B2W... além de concorrência maior, vemos dificuldades até que os investimentos comecem a maturar".

A vez das menores - O vácuo deixado por empresas como a B2W, que tiveram seu ritmo de crescimento travado, fez com que muitas companhias buscassem garantir um lugar no mercado, que deve encerrar 2012 com faturamento de 23,4 bilhões de reais.

 

"Os grandes ganhadores serão as pequenas empresas de comércio eletrônico... É um segmento com baixas barreiras de entrada",  "A operação dos grandes players vai seguir pressionada".

Nesse sentido, a categoria de vestuário, que há até pouco tempo tinha participação insignificante no varejo online, é apontada como destaque pelos profissionais.

"A tendência é a criação de mercados de nicho, menores, para preencher necessidades de mercado, ao contrário das grandes varejistas, o que já ocorre em mercados maduros".

Como exemplos, as lojas exclusivamente virtuais Netshoes (de calçados e artigos esportivos) e Dafiti (de vestuário, calçados e acessórios).

"Netshoes, apesar de recente, já é uma das cinco maiores lojas de varejo online no país, porque (ela) não tem reflexo no mundo físico, ao contrário de grandes varejistas, como Wal-Mart e Ponto Frio, por exemplo", acrescentou Palhares.

A categoria de vestuário é quinta com maior volume de negócios na Internet, atrás de eletrodomésticos, informática, eletrônicos, e saúde e beleza.

Enquanto isso, a gigante global do setor, Amazon.com, planeja abrir sua loja digital de livros no Brasil no quarto trimestre de 2012, buscando conquistar um espaço na maior economia da América Latina.